É quando a luz se apaga que os ratos fazem a festa!

Hahhahah... não teria outra maneira de descrever esse post que não fosse com esse título. Meu chefe - como já havia dito - ficou fora de cena por 2 semanas. E, sim, nós, os estagiários, fizemos a festa! Hahhahaha...

Desde que cheguei aqui em Berlin as coisas não foram exatamente como eu esperava: a representante do escritório internacional da Humboldt-Universität (local que estou trabalhando) não fala inglês - e isso me custou alguns problemas. Minha moradia, como já havia dito também, fica no canto oposto da cidade-estado de Berlin - em relação ao local que estou realmente fazendo meu estágio. Por dia, apenas com transporte, perco quase 3 horas! Isso mesmo. O trajeto total (ida e volta) envolve 2 ônibus, 4 trens e 2 metrôs EM UM ÚNICO DIA. 

Fora esse problema (que estou tentando resolver), também estou com um problemaço de internet. A gente pensa "Oh, Berlin, vai ser tudo maravilhoso... é uma cidade moderna!". Tsc, tsc... problemas surgem, e você tem de saber resolve-los. A internet no meu condomínio de estudantes é feita num contrato de 3 meses, no mínimo, e ainda existe uma "taxa de instalação do software da internet". Eu vou ficar aqui por apenas 2 meses e, se quiser essa internet deles, vou ter que pagar algo como 60 Euros (só para se ter idéia: arranjei uma passagem de ida e volta para a capital da Dinamarca, Kopenhagen, por 49 Euros). Essa novela da internet tá longe de acabar...

Bem, bem... mudando de assunto um tantinm... O meu estágio na Humboldt também é completamente diferente do que eu estava esperando, hahahhah. Sou engenheiro florestal e minha área de pesquisa é análise laboratorial - mas estou na área de fitocrescimento em casa de vegetação (vulgo "Estufa"): fazer medições químicas de pH, desbastagem para maior crescimento de algumas espécies, hibridização e transformação fenotípica de flores, etc. É como colocar um advogado criminalista para trabalhar na área tributária, ou um dentista pra cuidar de gestantes. Hhehehehe... mas, tudo bem... o que importa é a experiência. 

No meu trabalho apenas o meu chefe direto (que está viajando) e mais umas 3 pessoas falam inglês. O meu alemão chulo (apesar de versátil) me salva na hora de entender algumas instruções das tarefas do dia. Mas, no meio dessa grande torre de babel, aproveitamos a ausência do chefe para fazer grandes incursões culturais.

Conheci 4 outros estudantes do IAESTE aqui na Humboldt: o mongol Enkee (pronuncía-se "In-xi-i" - que realmente vem da MONGÓLIA, hehehe), o ganês Ebbah ("É-ba") e a turca Buse ("Bu-zê"). Todos são muito animados e cada um tem sua particularidade cultural. Algumas coisas que aprendi:

1- Mongóis são fechados por natureza, e não costumam fazer muitas amizades. O Enkee não é uma exceção, hahahha. Mas ele me considera um grande amigo.

2- Os ganenses são MUITO atirados, ou então falta um pouco de desconfiômetro. O Ebbah chegou numa alemã que eu tava conversando a quase meia hora e perguntou sem qualquer cerimônia: "Pois é, eu também sou novo aqui... você poderia me mostrar a cidade, o que acha?!" Hahahhahaha

3- Turcos fazem uma especialidade mundialmente deliciosa e barata: DÖNNER. Uma mistura de tomate, alface, pepino, repolho roxo, repolho branco, cebola e cortes finíssimos de carne dentro de um pão crocante. Wow!

Ps.: Desculpa, pessoal... mas ainda estou sem como colocar alguma foto por aqui. Espero resolver isso o mais rápido possível!

Bis näschte Woche!    (Até semana que vem!)